17/09/2021

Estariam eles entrando na Idade da Pedra?

 



E a resposta é Sim. Recentemente, andei me deparando com algumas informações bem interessantes no que se refere a evolução dos símios já com a presença de humanos dominantes no planeta. Uma prova incontestável que a teoria da evolução não é apenas uma teoria, mas sim um fato.

Que os primatas possuem uma capacidade de aprendizado avançada, todos sabemos: muitos deles criados em cativeiros e laboratórios aprendem e desenvolvem habilidades incríveis, como pintura, resolução de problemas cognitivos e até mesmo linguagem dos sinais. Já há muito tempo nos são mostrados, através de estudos científicos (devidamente documentados de diversas formas, inclusive em vídeo) a capacidade de aprendizado adquirido por esses primatas (principalmente os grandes símios como Chimpanzés, Gorilas e Orangotangos) em diversos tipos de atividade, nos quais eles demonstraram uma avançada inteligência, chegando ao ponto de, em certos casos, as fêmeas ensinarem aos seus filhotes o que haviam aprendido com seus tratadores.

Porém, cientistas tem observado (e flagrado) aprendizados evolutivos em macacos selvagens ao longo dos anos e provam que eles estão - pasmem - entrando na Idade da Pedra.

Mas, por que o termo "Idade da Pedra" para esses macacos?

A Idade da Pedra é um termo utilizado para se referir á época em que os primeiros humanos (ou, mais precisamente, os antepassados que deram origem ao Homo sapiens) começaram um processo evolutivo no que diz respeito ao conhecimento e aprendizado adquirido no uso e fabricação de ferramentas que vieram permitir que a espécie começasse a evoluir socialmente.

De acordo com cientistas e historiadores através de provas contundentes, nossa espécie veio de um ancestral em comum com os demais primatas (essa constatação não está aberta para dúvidas vindas de criacionistas, que fique bem claro) e através de um longo processo (de milhões de anos) de aperfeiçoamento impulsionados pela sobrevivência e adaptação ao habitat em que viviam. O Paleolítico é também conhecido como Idade da Pedra ou Idade da Pedra Lascada. Esse nome é decorrente de uma habilidade desenvolvida pelos hominídeos que utilizavam as pedras que estavam à sua disposição para afiar suas lanças ou criar objetos cortantes, que facilitavam a caça de animais, a colheita de frutos e, posteriormente, a capacidade de deixar registros em pedras.


Com base nessa pequena explicação, o que tem de tão interessante é o fato desses primatas, em estado completamente selvagem, estarem aprendendo a utilizar ferramentas para obter alimentos e se relacionando com espécies antes inimigas em uma coexistência amigável. Da mesa forma que, milhões de anos atrás, o ancestral dos humanos fez. Inclusive, a espécie humana costumava ser a única a fazer uso de ferramentas de pedra para realizar certas atividades...

Algumas provas já documentadas:

- Chimpanzés e Macacos de Rabo Longo utilizando pedras e gravetos como ferramentas para obter alimentos. Esse tipo de prática já é bem conhecida e amplamente documentada

- Alguns grupos de Macacos-prego aqui no Brasil foram observados fazendo e usando ferramentas rudimentares feitas em pedra. Tais ferramentas possuem tamanhos e formatos diferenciados e algumas estão gastas, provando seu uso para abrir e quebrar sementes.

- Orangotangos selvagens foram flagrados não apenas nadando (algo que os especialistas acreditavam que tais animais não faziam) mas caçando peixes com o uso de varetas. Ou seja, eles foram capazes de criar e aprender.

- Grupos de babuínos de uma espécie presente na Etiópia foram visto convivendo com lobos de forma pacífica e os babuínos foram vistos auxiliando os lobos a obter alimentos e os lobos então não atacam os filhotes dos babuínos (que seriam potenciais presas).


Macacos e Lobos vivendo pacificamente e
beneficiando-se da convivência mútua.

Essas informações podem até parecer simples mas a verdade é que elas ilustram um considerável salto evolutivo nesses primatas. Pois, assim como os antepassados do homo sapiens, os símios estão (já há algumas centenas de anos e séculos) se aperfeiçoando e aprendendo. Evoluindo.

Vou deixar aqui um vídeo do canal (Ponta em Comum) que fala, de forma resumida mas explicativa, um pouco sobre o assunto. Vale a pena dar uma olhada!

E segue aqui alguns links de matérias de onde extrai algumas informações. Vale á pena dar uma lida!



Diante disso, a pergunta que pode pairar é: até que ponto esses primatas desenvolverão suas capacidades? Poderiam eles evoluírem ao ponto de se tornarem "rivais" dos humanos para se tornar a espécie dominante ou virem a se tornar a espécie dominante após uma extinção total ou parcial da humanidade, como vimos na obra Planeta dos Macacos?
Algo semelhante a isso acontecer é extremamente difícil, quase impossível. Principalmente na questão de algo a médio ou até mesmo longo prazo. E muitos fatores precisam ser analisados e levados em conta, que dificultam uma evolução maior nesses primatas.

Sabemos que o processo de evolução de uma espécie de forma natural pode levar de centenas até milhares (ou mesmo milhões de anos). Assim sendo, ainda que os primatas mencionados estejam aprendendo a adaptar pedras e paus para usar, ainda assim é de uma forma muito primordial e não há certeza alguma de que eles façam maiores avanços. Para acontecer avanços, é um processo muito lento e gradual e acontece somente se a espécie sentir a real necessidade de precisar evoluir para se adaptar. Fatores como busca por alimentos, escassez de recursos, mudança de temperatura, mudança de habitat...tudo isso contribui para uma espécie evoluir. E isso leva tempo e condições. Na maior parte dos casos quando uma espécie precisa evoluir e por algum motivo (fatores naturais ou não) não consegue, ela tende a se extinguir ou evoluir para alguma forma de se adaptar que seja mais natural. A evolução de inteligência é algo mais difícil de se acontecer, pode ocorrer em alguns indívíduos mas se estes indivíduos não passarem seus genes ou as condições do ambiente em que ele vive não forem favoráveis, não haverá uma evolução significativa no aprendizado. Se a espécie está adaptada o suficiente dentro do ambiente em que ela vive, se o seu corpo se adaptou a tal para assim conseguir suprir suas necessidades básicas, ele não evolui. Um bom exemplo disso são os tubarões: animais que estão aqui a milhões de anos, mas se adaptaram tão bem no ambiente em que vivem, que pararam de evoluir há milhões de ano porque simplesmente, não precisaram.
A espécie humana dominou o planeta e para perder esse posto apenas se for extinta. Caso contrário, os avanços de tecnologia e sobre o meio ambiente impedem que qualquer outra espécie consiga ter condições e tempo para evoluir ao ponto de se tornar uma inteligência avançada e dominante. Afinal, o processo evolutivo é lento, muito lento (inclusive talvez os humanos não tenham conseguido evoluir tão rápido sem alguma outra ajuda...mas isso é assunto para outra vez).

Mas, independente dessa Idade da Pedra dos primatas serem ou não algo que poderá ecoar na eternidade em um distante futuro, é muito interessante vermos como a natureza é sábia e que a teoria da evolução deixou de ser, há muito tempo, uma teoria e cada vez mais se revela uma prova.




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